sábado, 3 de dezembro de 2011

Um pouco sobre o conto


As estórias sempre têm quem conta e quem ouve, é impossível saber a sua origem. O conto teve várias evoluções e fases com o passar do tempo, sendo assim, ele foi modificado pelos lugares por onde passou, os mais antigos são os egípcios (o conto dos mágicos) e eles devem ter aparecido por volta de 4.000 a.C.
Segundo Julio Soares Casares (2006), existe três acepções para a palavra conto: relato de um acontecimento; narração oral ou escrita de um acontecimento falso; fábulas que se conta a crianças para diverti-las.
“O conto, segundo a 3º acepção de Julio Casares, entende como “fábula que se contado a crianças para diverti-las”, liga-se mais estreitamente ao conceito de estória e do contar estórias, e refere-se sobretudo, ao conto maravilhoso, com personagens não determinados historicamente. E narra como “as coisas deveriam” acontecer, satisfazendo assim uma expectativa do leitor e contrariando o universo real, em que nem sempre as coisas acontecem da forma que gostaríamos” Nádia Battela Gotlib, p.14.    
O contar estória, em principio, oralmente, evoluiu para registrar as estórias, por escrito, mas contar não é simplesmente um relatar acontecimentos ou ações, segundo Nádia Battela Gotlib (2006).
O conto não se refere só ao acontecimento, não existe um compromisso com o evento real, então a realidade e a ficção não têm limites precisos. Os relatos são copias de algo que ocorreu e um conto é a invenção de algo que se quer.
É fato que ao narrar um conto a voz do narrador/contador pode interferir no discurso, seja ele oral ou escrito. Existe todo um repertório no modo de se contar e nos detalhes do modo que se conta.

Referência bibliográfica:
GOTLIB, Nádia Battela. Teoria do conto. São Paulo: Ática, 2006.